Inaugurada em 2020 pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), a BR-163 já apresentada comprometimento em parte do asfalto, causando acidentes e congestionamento dos motoristas que trafegam pela região e precisam reduzir a velocidade. Relatos apontam que, entre o Distrito de Castelos de Sonhos, localizado próximo à divisa de Mato Grosso com o Pará, até a cidade de Novo Progresso (PA), existem cerca de 50 km de trecho crítico.
Vídeos obtidos com exclusividade mostram uma fila de caminhões transitando em baixa velocidade para escapar dos buracos. Também é possível observar uma ultrapassem forçada de uma ambulância, sem identificação do município, tentando fugir do congestionamento de veículos pesados.
A safra em Mato Grosso teve início esta semana e grande parte dos grãos produzidos nos municípios da região norte do Estado é escoada pela BR-163 até o porto de Miritituba, no Pará. No ápice da colheita, que acontece entre o final de fevereiro e início de março, diversas transportadoras de outros estados migram para o nortão e a rodovia chega a ter um fluxo diário de 3.800 caminhões.
De acordo com os motoristas que trafegam pela via, o problema nesse trecho é recorrente. Luciano Arenharte, que esta semana esteve em Miritituba, relata que pequenas colisões na parte traseira dos caminhões são comuns na via, devido às freadas bruscas para se livrar dos buracos escondidos pela chuva e pela poeria, característicos desse período do ano.
“Todos os anos esse trecho depois da Cachoeira da Serra (distrito pertencente ao município de Altamira, Pará, entre Castelo dos Sonhos e Guarantã do Norte) entra em estado crítico, trazendo insegurança e gerando prejuízo aos trabalhadores que utilizam aquela via diariamente “, relata Luciano.
Edeon Vaz Ferreira, diretor Executivo do Movimento Pró–Logística de Mato Grosso, afirma que, tanto o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, quanto o diretor-geral do Departamenot Nacional de Infraestrutura de Transportess (DNIT), Antônio Leite dos Santos Filho, têm conhecimento da situação da via e que a empresa LCM, responsável pela manutenção do trecho, aguarda apenas a liberação do orçamento da União em 2022 para dar início às obras de recuperação.
ASSISTA AO VÍDEO: